segunda-feira, 15 de março de 2010

Guns n' Roses faz maior apresentação da turnê do Brasil em São Paulo




Os fãs lotaram o estádio do Palmeiras para acompanhar o show da banda liderada pelo vocalista Axl Rose

É verdade, a voz de Axl Rose pode falhar um pouco, e os músicos que o acompanha não podem ser comparados com a versão original do Guns n’ Roses, mas o grupo fez uma apresentação que beirou o brilhantismo na noite do último sábado (13), no estádio Palestra Itália, em São Paulo. Tendo colocado os pontos negativos em pratos limpos, é importante enaltecer o esforço do líder de banda quase cinquentão em manter o público animado com o maior repertório da turnê no Brasil, mesmo depois de este passar quase uma hora esperando a entrada da banda.

Como não podia ser diferente, logo na primeira música Axl mostrou que continua tão falastrão quanto nos tempos áureos da banda de hard rock. Ele paralisou o andamento da primeira canção para reclamar com alguém que havia jogado uma garrafa de água nele. Depois da ameaça de deixar o palco, continuou como se nada tivesse acontecido.

O show foi bem mesclado, com clássicos do grupo e músicas do último disco, o “Chinese Democracy” (2008). A apresentação, inclusive, começou com a música-título deste álbum. Em seguida foi a vez de Welcome to the Jungle. A partir dessa, mais duas do “Appetite for Destruction” (1987): It’s so Easy e Mr. Brownstone.

A execução da música November Rain, do “Use Your Illusion I” (1991), proporcionou um dos momentos mais extasiantes da noite. Isqueiros e luzes de celulares foram levantados por quase toda a plateia, enquanto a performance semi-teatral dos músicos deu um brilho ainda maior à canção. Outro ponto alto da apresentação foi o cover de Another Brick in the Wall, do Pink Floyd.

O grupo deixou o palco e, logo em seguida, como virou costume em todos os grandes shows, voltaram para realizar o bis. A primeira que mandaram foi Madagascar, seguida por Shackler’s Revenge – ambas do “Chinese Democracy”. Apesar de serem boas canções, essa não era a forma apropriada, para os fãs, de encerrar o show. Sendo assim, a canção Patience, do “G n’ R Lies” (1988), foi entoada como um hino pelos sortudos que fizeram parte da noite, enquanto balançavam lentamente a cabeça. Para encerrar, já pelas 3h e tanta, Paradise City foi apresentada. Parecia o título mais propício para o final de uma grande festa.

O Guns n’ Roses, e principalmente Axl, estão de parabéns. Apesar do saudosismo que fica ao não encontrar Slash, Duff e companhia no restante do palco, o grupo deu conta do recado, mesmo parecendo uma banda fazendo cover de si mesma. As falhas do vocalista e o seu peso, que não permite que ele seja tão ágil como no início dos anos de 1990, passaram praticamente despercebidos.

Entre os novos integrantes do Guns, vale ressaltar a postura do novo protegido de Axl, o guitarrista DJ Ashba. Além da inquestionável habilidade com o seu instrumento, ele possui todas as características de quem almeja ser um “rock star”: possui carisma, e esta em uma banda repleta de ótimos músicos para lhe dar apoio. Houve quem dissesse o seguinte, após o show: “Slash que se cuide!”. Deixando o exagero de lado, a banda é, de fato, excelente.

Esta turnê foi a primeira vinda do Guns n’ Roses ao Brasil desde o show do Rock in Rio 3, em 2001. Após quase 10 anos, o grupo voltou com cinco shows agendados: além de São Paulo, a banda norte-america passou por Brasília (07/03), Belo Horizonte (10/03), Rio de Janeiro (14/03, cancelado devido às fortes chuvas) e Porto Alegre (16/03).

ABERTURA
Antes do Guns n’ Roses subir ao palco, três bandas abriram a noite. A primeira foi a paulistana Rock Rocket. O som não ajudou um show que, por si só, já era ruim e estava deslocado. Com músicas que parecem terem sido escritas por adolescentes de 14, eles falaram sobre, majoritariamente, drogas e bebidas. A segunda foi a ótima Forgotten Boys, também de São Paulo. O grupo de punk rock, pelo estilo, também estavam fora de seu habitat, mas foram muito melhores aceitos pelo público do que a primeira banda. O show foi baseado no último disco do grupo, o “Louva-a-deus” (2008).
Sebastian Bach deveria estar na lista de atrações principais, mas não foi bem assim que funcionou. Em alguns momentos específicos, como quando ele tocava as músicas famosas do seu antigo grupo, o Skid Row, o público cantava junto. Mas bastava cantar as músicas autorais de seu último trabalho, “Angel Down” (2007), para que quase todos os presentes exigissem, para já, a retirada do músico do palco. Sebastian também não parecia muito confiante, e usava o nome da atração principal para arrancar aplausos do público.

SET LIST
Chinese Democracy
Welcome to the jungle
It’s so Easy
Mr. Brownstone
Sorry
Better
Richard Fortus Solo – Tema do James Bond
Live and let die
If the world
Rocket Queen
Dizzy solo
Street of dreams
IRS
DJ Ashba Solo - Ballad of death
Sweet Child O’ Mine
You Cold Be Mine
Axl Piano Solo
Jam (Another Brick in the Wall - Cover do Pink Floyd)
November Rain
Ron Thal solo – Tema da Pantera Cor de Rosa
Knockin’ on heaven’s door
Nightrain

Bis
Madagascar
Shackler’s Revenge
This I Love
Patience
Paradise City

Fonte: site Globo.com

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