quinta-feira, 25 de agosto de 2011

São Paulo acorda no segundo tempo, bate Ceará e segue na Sul-Americana



Depois de um primeiro tempo apagado, Tricolor faz 3 a 0, volta a ganhar no Morumbi e agora espera Libertad-PAR, Juan Aurich-PER ou La Equidad-COL

Foram dois times distintos. No primeiro tempo, com uma equipe teoricamente ofensiva, mas que não tinha ligação no meio e referência na área, o São Paulo pouco fez diante do Ceará. Na etapa complementar, mais organizado, o Tricolor teve a sorte de marcar um gol logo no início e depois passeou em campo. Pelo que foi apresentado nos 45 minutos finais, foi justo o placar de 3 a 0, que garantiu a equipe paulista na próxima fase da Copa Sul-Americana. Foi a primeira vitória são-paulina após quatro partidas, duas delas no Morumbi. Os gols foram marcados por Cícero, Lucas e Dagoberto.

A equipe de Adilson Batista agora espera o adversário das oitavas, que será conhecido apenas no dia 21 de setembro. Sairá do confronto entre Libertad-PAR e o vencedor de Juan Aurich-PER x La Equidad-COL. Pelo Campeonato Brasileiro, paulistas e cearenses atuarão no fim de semana. No domingo, o Tricolor desce a serra e enfrenta o Santos na Vila Belmiro. Já o Ceará receberá a visita do Bahia em Fortaleza.

Ceará arma ferrolho, e São Paulo decepciona no primeiro tempo

Precisando de uma vitória por 1 a 0 para acabar com a vantagem construída pelo Ceará (que fez 2 a 1 em Fortaleza), o São Paulo entrou com um esquema tático diferente do usado no clássico contra o Palmeiras. Com apenas um treino, Adilson passou do 3-5-2 para o 4-3-3, com a saída de Xandão para a entrada de Lucas, que voltava de suspensão. Rivaldo também deixou a equipe para a volta de Casemiro. O Ceará, que tinha a vantagem do empate, usou três volantes e apostou tudo na velocidade de Osvaldo para tentar surpreender no contra-ataque.

Quando a bola rolou, o São Paulo até armou uma blitz para tentar marcar um gol logo no início. Lucas começou aberto pela direita, Fernandinho pela esquerda e Dagoberto mais centralizado. Aos cinco minutos, Juan assustou em chute de pé esquerdo. A torcida na arquibancada se inflamou na expectativa de que um gol pudesse sair rapidamente.

Ledo engano. Com o passar do tempo, o São Paulo se perdeu em campo. Havia um buraco entre o meio e o ataque, e ninguém fazia a ligação. Dagoberto ainda tentava retornar para buscar a bola, mas pouco fazia diante do ferrolho armado por Vagner Mancini. Pelas laterais, como Iván Piris pouco ataca, o jogo concentrou-se mais pela esquerda com Juan, que também não levou perigo. Para piorar, faltava uma referência na área.

Fernadinho, após dar um chute perigoso aos 24, machucou-se e deixou o gramado. Insatisfeito com a produção no esquema com três homens de frente, Adilson então passou para o 4-4-2, com a entrada de Cícero. O camisa 16 foi para o lado direito, enquanto Lucas passou a atuar na esquerda. Mais uma vez, o camisa 7 não era notado em campo. O Ceará, bem na marcação, não foi ameaçado em momento algum. Tanto que, ao apito de Marcelo de Lima Henrique para o intervalo, as vaias ecoaram no estádio do Morumbi.

Começo arrasador do São Paulo na segunda etapa

Com a mesma formação, o Tricolor voltou mais ligado para o segundo tempo. Cícero, em chute de fora da área, exigiu grande defesa de Diego aos dois minutos. Mais na base da empolgação do que da organização, o São Paulo encontrou o gol aos 11 minutos, com Cícero. Carlinhos Paraíba cruzou da esquerda, Anderson Luis errou o tempo da bola, e o camisa 16, sozinho, como se fosse um centroavante, tocou na saída de Diego: 1 a 0.

Com a vantagem, o time se tranquilizou em campo. No Vozão, Mancini mexeu, sacando o lateral Boiadeiro e colocando o meia Felipe Azevedo. Mas mal houve tempo para os visitantes esboçarem alguma reação. Aos 16, em ataque iniciado por Dagoberto, Lucas recebeu de Casemiro e bateu cruzado, no canto direito: 2 a 0.

A partir daí virou um passeio. O Ceará subiu sua marcação, na tentativa de pelo menos marcar um gol e levar a decisão para os pênaltis. Porém, deixou o contra-ataque à disposição do São Paulo, que, aos 19, fez o terceiro com Dagoberto, após passe açucarado de Lucas, bem mais acordado na etapa final. Com 3 a 0, os 23.344 presentes no Morumbi foram ao delírio e começaram a gritar "olé". Adilson Batista, já pensando no clássico de domingo, contra o Santos, sacou Lucas para colocar Rivaldo e Casemiro para a entrada de Jean. Do lado contrário, Vagner Mancini, mesmo sabendo que a virada era praticamente impossível, mandou o time para frente com o atacante Roger.

Com a situação resolvida, o São Paulo diminuiu seu ritmo, mas, mesmo assim, seguiu melhor. Dagoberto, em jogada individual, exigiu bela defesa de Diego. Nos acréscimos, Juan quase fez o seu. Depois, bastou esperar o apito final e comemorar a esperada classificação.

Fonte desta matéria: Globoesporte.com

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