segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que há de errado?



Vivemos um momento confuso no Brasil, tanto na música quanto no futebol. O rock and roll trocou o preto, o rasgado e o desbotado pelo colorido. Mas não aquele colorido psicodélico dos hippies nos anos 70, é um colorido televisivo, comercial e sem alma. O mesmo acontece com o futebol da seleção nacional, dentro de campo ele é fraco e pouco representativo. Não lembra em nada os grandes jogadores do passado, não há mais espírito de guerra dentro das quatro linhas. Existe um discurso muito comum atualmente que diz que tudo é culpa da sociedade de consumo. Bem, não tem como não crer nele, pois tanto na música, quanto no futebol o que importa é a imagem e dinheiro.



O que fazer? Alguns mais apaixonados preferem fazer discursos violentos, bater em emos, arrumar brigas em redes sociais ou em bares. Não acredito nisso. Protestemos com argumentos fortes e usando de forma inteligente toda essa rede de comunicação que esta a disposição, repliquemos as informações e denuncias. Devemos ser fortes como unidade crítica. Torcer contra, pacificamente, é uma forma de resistência, pois acredito piamente que hoje em dia torcer contra a seleção brasileira significa estar do lado do bem. Significa mostrar que você sabe sim o que acontece no futebol e que não apoia essa sujeira.

A seleção Nacional saiu da Copa América com uma vergonhosa derrota nos pênaltis para o Paraguai e eu digo, estou feliz por isso. Minutos depois da derrota, sai na rua e ouvi de uma criança de nove anos de idade a frase: "Eles tem que me provar que são bons pra eu gostar deles a partir de hoje". Vejam o efeito prático da má administração no futebol nacional. Sinceramente torci e continuo torcendo contra sim. Faço isso por uma causa, o retorno do futebol arte e a dignidade dentro e fora de campo. Da forma que a CBF vem sendo dirigida, parece até utópico.

Você deve estar se perguntando, e os "roqueiros" coloridos, o que tem a ver com isso? Eles são uma amostra da baderna cultural em que vivemos e torço para que tudo isso seja uma fase passageira. Enquanto essa fase perdura, mostro para essa garotada as coisas boas da música, MC5, The Doors, Jimi Hendrix e uma série de outros "coloridos" do rock que tem muito conteúdo, pois eles não serão garotos para sempre. É nosso dever fazer de tudo para que essa alienação seja passageira e que eles se tornem cidadãos estruturados para não viverem alienados e formar opinião.



O buraco é bem fundo em ambos os cenários e os envolvidos/culpados são muito claros: gravadoras, estações de rádio, emissoras de TV, confederações esportivas, diretorias de clubes. As situações são explícitas, porém existe uma grande parcela da imprensa que é tendenciosa e mesquinha em seus interesses financeiros. Cabe a nós como cidadãos, consumidores de música e torcedores de futebol, correr atrás da informação mais coerente e formarmos a opinião sobre os fatos, afinal pagamos caro pelos discos, ingressos de uma partida de futebol e o famigerado Pay-per-view. CBF e coloridos, estamos de olho! Vocês acham que conseguem nos enganar e nos seduzir, não creiam nisso com tanta certeza. Se os tempos são confusos e o brasileiro tem memória curta, nós não temos.

Adelante Uruguay! Mostre o que é jogar amando sua pátria, com raça e orgulho, sirva de exemplo!

Mumu Silva

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