quinta-feira, 31 de março de 2011

Uma paixão chamada IRON MAIDEN



O que a paixão por alguma coisa não nos poder causar hein ? Venho agora nas próximas linhas contar um pouco aos leitores desse blog a aventura causada por uma paixão chamada IRON MAIDEN.

Eu e um grupo de amigos ( 6 precisamente ), após assistir aquele espetáculo monumental do sábado dia 26/03, que se tornou mais grandioso e espetacular ainda por ter sido no Soberano Morumbi, nem dormimos direito pois as 7 da manhã do domingo dia 27/03 estávamos no Shopping Eldorado pegando o ônibus que nos levaria para Viracopos em Campinas pra tomar o avião rumo ao Rio de Janeiro onde naquela noite teria mais um show do Iron Maiden, no HSBC Arena, um ginásio para aproximadamente 15 mil pessoas na Barra Da Tijuca, o que tornava o show mais especial por ser em um local fechado com maior proximidade.

Essas viagens pra assistir Iron Maiden não são novidades pra mim e esses amigos. Eu, por exemplo já vi o Iron Maiden 20 vezes; outros amigos viram 25, 30 vezes. Já estivemos em todas as partes do Brasil e do mundo. Mas esse show seria diferente de todos que vimos até hoje, e olha que não foram poucos...

Passamos a tarde que antecedeu o show no maravilhoso Hard Rock Café ( aliás, como pode não ter Hard Rock Café em SP ? Eu sinceramente não entendo...), que além de ser um lugar excepcional já se encontra no caminho para o HSBC então, partiríamos de lá para o show por volta das 18 hs.



Outro fato contibuiu e muito para essa viagem ser inesquecível. Desse grupo de amigos, a maioria era tricolor mas também tinha porco, gambá e um amigo argentino hincha de San Lorenzo ( aliás o maior ídolo dele é o Silas ). Bem no momento do jogo do Tricolor contra aquela raça maldita estávamos no Hard Rock. Preferi me desligar e só saber quanto foi depois o resultado pois estava muito, muito tenso. Fiquei sabendo por um amigo que chegou depois, que Dagol tinha acabado de fazer o gol e tinha acabado o primeiro tempo.
Fiquei mais tenso ainda e fui sacar dinheiro em um caixa eletrônico ali embaixo do Hard Rock que fica dentro de um shopping. Esse shopping não tem nenhuma loja aberta aos domingos então, estava completamente deserto enquanto eu sacava o dinheiro. Ai, que aconteceu o momento mágico. Recebo um SMS de um amigo com os dizeres: “ Rogério, 100, Gol, Chupa gambá “. Enlouqueci !!! Queria gritar, falar com alguém mas não tinha ninguém por perto ! Sai correndo em direção ao Hard Rock, três andares acima. Entrei gritando e ajoelhei no meio do Hard Rock e levantei as mãos pro céu agradecendo ! Momento impagável e inesquecível.

As 18 hs saímos em direção ao HSBC. Chegando lá aproximadamente 15 minutos depois, observamos que os portões não tinham sido abertos ainda e que tinha muita, muita gente. Pra variar a desorganização pra entrar é algo comum em todo Brasil assim sendo, demoramos quase meia hora pra descobrir onde era a entrada certa. Quando conseguimos entrar me situei muito bem do lado esquerdo do palco ( o lado do Dave e do Adrian ) no setor Cadeiras 1, aliás, por ter ido no Scorpions nesse mesmo local em 2008, comprei esse setor pois já sabia que a visão ali seria excelente. O carioca tem o costume de chegar em cima da hora nas coisas e dessa vez não foi diferente. Por volta das 20 hs a casa estava com 1/3 da sua capacidade apenas. Uma hora depois quando começou a introdução do Maiden a casa estava praticamnente lotada.



Por volta das 20 hs entrou a banda de abertura o Shadowside que fez um show de meia hora e sinceramente muito chato. A vocalista até se esforça mas não tem carisma. Enorme diferença para o Cavalera Conspiracy que abriu aqui em São Paulo e foi espetacular na minha opinião, principalmente nos clássicos do Sepultura.

Bem havia chegado a hora, Doctor Doctor começou a tocar e em seguida assim como aqui em SP, imagens espaciais, futuristas nos telões e a Satellite 15 tocando...Acaba a intro e eles entram arrebentando com The Final Frontier e foram necessários 10 segundos para que a grade de proteção da pista premier pro palco desabasse. Bruce não cantou uma palavra sequer da música e ficou na frente visivelmente assustado com toda a situação e pedindo para as pessoas irem para trás. A banda toca a música toda sem o Bruce cantar e quando termina, ele avisa que infelizmente teriam que parar o show devido ao problema mas que em breve retornariam e começariam tudo novamente. Ledo engano. Após 40 minutos de espera, Bruce retorna ao palco junto com uma mulher da produção. Disse que iria falar em inglês e ela traduziria para o português. Nem precisou de tradução. Quando ele disse as primeiras palavras o HSBC todo já sabia que o show seria cancelado. Começaram surgir algumas vaias até o momento que ele disse que o show seria realizado sim mas no dia seguinte, segunda dia 28/03. Alívio para alguns e desespero para outros que como eu não eram do Rio e já tinham tudo marcado pra voltar segunda cedo. E agora o que fazer ?

Nosso grupo se reuniu e após um telefonema para um amigo nosso, que trabalha na produção e garantiu que o show ocorreria sim e, que bastava apresentar o o ingresso do dia anterior. Pronto estava tomada a decisão. Perderíamos a passagem de avião que sairia do Rio logo cedo, teriamos mais gastos com transporte, alimentação mas, todo aquele esforço não seria em vão. Tínhamos passado por tudo isso pra ver o IRON MAIDEN então, tínhamos que ver o IRON MAIDEN !!! Nosso grupo ficou todo com exceção do argentino que não teve como remarcar sua viagem pois, iria para Recife encontrar sua namorada na segunda a tarde e no próximo domingo vai ver o show deles lá !

Saímos do hotel meio dia e fomos direto para o mesmo shopping onde se encontra o Hard Rock Café. Almoçamos na praça de alimentação e por volta das 17 hs pegamos um ônibus normal de linha para ir ao HSBC. Aqui vale um parágrafo. Quem reclama dos ônibus de São Paulo ( com razão ) precisa conhecer os do Rio. Nunca vi nada tão bagunçado na minha vida ! Cada ônibus tem um tamanho diferente, cor diferente, preço diferente...Uma verdadeira zona, sem padronização nenhuma. O ponto tem pessoas espalhadas nas calçadas por aproximadamente 100 metros ! E o que acontece ? A pessoa que está em uma das pontas dessa calçada tem que sair correndo pra outra ponta pois o ônibus dela parou lá na frente ! E vice versa ! Um inferno ! E quando pegamos o ônibus eu nunca passei por um trânsito como aquele da Barra da Tijuca. Algo sobrenatural. Seria como ali do Paraíso, indo pela Paulista, você demorasse 1 hora e meia pra chegar na Gazeta...Coisa do além...

Bem, finalmente chegamos ao HSBC. Dessa vez mais tranqüilo, mais organizado mas ainda meio tenso pelo o que aconteceu no dia anterior. O público que no domingo beirou os 13 mil, deve ter chegado a 10, 11 mil na segunda. E dessa vez sem a banda de abertura, por volta de 21 e 15 começa Doctor Doctor novamente. Um deja vu toma conta de todos. A intro acaba e quando eles entram todos olham para a grade. Estava tão resistente que agüentaria 100 mil pessoas ! O show transcorre maravilhoso como o daqui. Na segunda feira, assisti na pista premier pois usei o ingresso do meu amigo argentino. Vi de perto detalhes e, o show tornou-se ainda mais maravilhoso por tudo que tinha acontecido. Bruce brincou dizendo que a grade até brilhava de tão nova ! Perguntou se a gente tinha pago por ela pois eles não tinham pago então, quem tinha pago era algum FDP ! hehehehehe...O show foi maravilhoso ! Como aqui, teve o Eddie de 8 metros atrás da bateria ! Ou seja, show completo e perfeito que durou 2 horas e 10 minutos terminando com Running Free.



Terminado o show corremos pra ir embora pois voltaríamos de ônibus e tínhamos que conseguir comprar a passagem ainda ! Por sorte chegamos rápido na rodoviária e pegamos o ônibus das 00 e 25. A viagem foi tranqüila, deu pra dormir bem pois o ônibus era semi leito. Por volta das 7 e 25 descemos no Tiête...Olhamos um para o outro com aquele olhar de dever cumprido...Guerreiros tricolores a serviço da maior banda do mundo: IRON MAIDEN !!!

UP THE IRONS !!!

César Mendes

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