quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Super-capitão: 700 vezes Rogério Ceni no São Paulo



Goleiro alcança mais uma marca e chega aos 700 jogos como capitão do time

Em pouco mais de 20 anos de São Paulo, Rogério Ceni coleciona recordes pelo clube. Hoje, quando entrar em campo diante do Atlético-PR, na Arena Barueri, 21h, com transmissão em tempo real pelo LANCENET! , o camisa 1 atingirá mais um número expressivo em sua vitoriosa carreira de jogador de futebol. Oficializado como capitão do Tricolor desde 2001, esta será a 700 vez em que o goleiro vestirá a braçadeira de representante e também maior líder do time.

No total, são 936 jogos pelo Sampa. Deles, 74,6% foram como capitão. A importância do camisa 1 para o grupo durante os quase dez anos com a faixa no braço é destacada por todo elenco. Seja antes ou durante as partidas, Rogério é uma voz de respeito no grupo. No vestiário, antes de subir para o túnel, a última palavra é sempre dele.

– Antes das partidas é mais importante para levar aquela palavra de motivação, incentivo. É quando você consegue, por meio deste título, tentar fazer o atleta se concentrar mais, se motivar, mostrar o que aquela partida pode representar na carreira dele a longo prazo – revelou o goleiro, com exclusividade ao LANCENET!, via assessoria do clube.

Para se ter uma ideia do quanto o número 700 é expressivo, até mesmo Rogério se espantou com o dado ao receber a notícia. Ele tem mais jogos como capitão do que Waldir Perez, atualmente o segundo que mais vestiu a camisa do clube.

No currículo, Ceni coleciona 24 títulos. Em seis foi dele a tarefa de levantar a taça. Em 2002, no Superpaulistão, poderia ter erguido seu primeiro troféu, o que aconteceu apenas três anos depois, em 2005, na conquista do Estadual. Convocado para disputar a Copa do Mundo, coube a Emerson, zagueiro do time, ficar com a braçadeira do goleiro.

– Foi um ano importante, então também gratificante representar o grupo no lugar de Rogério – afirmou Emerson, por telefone.

Hoje, contra o Atlético-PR, Rogério será novamente líder do time. Mais uma vez será a voz de Carpegiani em campo. Como presente, no confronto direto, ele quer que o Sampa volte a vencer para se manter na briga por uma vaga para Libertadores do ano que vem. Assim poderá colocar mais uma taça no currículo.

Bate-Bola com Rogério Ceni exclusivo ao LANCENET!

'É surpreendente saber
que são 700 como capitão'

Lembra da primeira vez em que ganhou a faixa de capitão? Como foi? Era um objetivo de carreira?
Não era um objetivo, nunca pensei nisso. O objetivo era jogar futebol. Isso (ser capitão) vem com o tempo. Não me lembro quando fui capitão pela primeira vez (em 1994, leia na próxima página). É surpreendente saber que são 700 jogos como capitão.

Depois de tanto tempo como capitão, mudou o conceito do posto ou segue como antes?
Capitão é um jogador como outro qualquer, com voz ativa, que pode servir de exemplo para que as demais pessoas sigam e acompanham seu raciocínio. Mas tem direitos e deveres como os demais companheiros do grupo.

Como trata sua braçadeira, é você quem escolhe? Muda nos jogos ou é sempre a mesma? Tem alguma superstição com ela?
Não tenho superstição, varia de empresa para empresa que patrocina o clube (atualmente é da Reebok). A tarja mandada para o clube é a que uso. Quem cuida delas é o pessoal da rouparia (Ratinho e Cicero) e quem sempre a coloca no meu braço é Haroldo (treinador de goleiros do clube).

Como é ser representante do time no cara e coroa, nas cobranças com a árbitro, na hora de levantar a taça...? É uma honra para você, já que também representa milhões de torcedores pelo Brasil?
Com relação à arbitragem, é algo bem tranquilo, qualquer um poderia fazer. Mas em relação a ser o primeiro atleta a levantar a taça, daí é um prêmio enorme. Aquele momento de receber uma taça é um momento de grande honra para o jogador de futebol.


A opinião de quem trabalha com Rogério ou já foi capitão como ele

Raí - Capitão no Mundial de 92

"Esta é mais uma marca impressionante que dificilmente será superada por outro jogador. O Rogério é um mito são-paulino em plena atividade"

Milton Cruz - Auxiliar técnico

"O Rogério é um exemplo de capitão dentro e fora de campo. É um líder nato. O maior exemplo é sua preleção antes dos jogos, algo que contagia todos os jogadores"

Emerson - zagueiro e capitão (Super Paulistão) em 02

"O Rogério merece os parabéns. Chegou cedo ao clube e hoje colhe os frutos do que plantou. É um exemplo como atleta e também de liderança com o grupo"


Marcas de Rogério Ceni e a braçadeira

14/8/1994
No 0 a 0 com o Paysandu pelo Nacional, primeira vez como capitão.

100 - 11/3/2001
Vitória por 3 a 0 sobre o Palmeiras em São José Rio Preto, pelo Paulistão.

200 - 9/2/2003
Empate por 1 a 1 com a Portuguesa Santista. Desta vez, no Morumbi.

300 - 13/7/2004
Empate por 0 a 0 com o São Caetano no Anacleto Campanella.

400 - 22/10/2005
No Morumbi, pelo Brasileiro, derrota por 2 a 1 para o Santos.

500 - 10/6/2007
No Morumbi, pelo Brasileiro, derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG.

600 - 23/11/2008
Em vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, em São Januário, grande passo para o hexa, que viria após alguns dias.

700 - Nesta quinta-feira
Será titular contra o Atlético-PR.

Fonte desta matéria: SPNet

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