segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Rush convida o Morumbi para 'viagem no tempo' em megashow
O trio canadense Rush, de volta ao Brasil, mostrou por que, com 42 anos de estrada, segue sendo uma das maiores bandas do mundo. A atual turnê, Time Machine, feita sob medida para levar os fãs ao delírio em uma viagem ao tempo pela história da banda, desembarcou no Brasil nesta sexta-feira (8), no estádio do Morumbi, em São Paulo.
O Rush simboliza como poucos grupos o a expressão "Power Trio". É impressionante como apenas três pessoas produzam um som tão potente e arrebatador. E se alguns torcem o nariz para os exageros e virtuosismos, os fãs foram brindados por um genuíno espetáculo de rock de arena, com uma sucessão de hits. Os três "tiozinhos" Geddy Lee (vocal e baixo), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria), mostraram que, além de excelentes músicos, tem muito bom humor. O show começa com um vídeo, sobre a tal máquina do tempo, que transforma uma banda de bar pé de chinelo, a Rash, no Rush.
E quando eles apareceram no palco, mandaram logo dois clássicos: The Spirit of Radio, de 1980, seguida por Time Stand Still. "Vamos tocar algumas horas de música, espero que vocês não se importem", anunciou Geddy Lee. A primeira parte do show continuou com Lee, Lifeson e Peart mostrando porque estão entre os melhores do mundo nos seus instrumentos, alternando clássicos como Presto e Stick it Out com faixas dos discos mais recentes, como Workin' Them Angels, de 2007. Outro clássico, Subdivions, foi a última antes do intervalo. Mantendo o bom humor, o vocalista disse que eles precisavam fazer um intervalo devido à idade avançada.
Na volta, após cerca de 20 minutos, o trio desfilou todas as faixas do disco Moving Pictures, de 1981, a começar pelo megahit Tom Sawyer, que levou o público à loucura. Outra que levantou os tiozinhos e jovens fãs do grupo foi a instrumental YYZ. Depois de Vital Signs, Lee cantou outra música nova, Caravan, antes de um inevitável e embasbacante solo do "homem-polvo" Neil Peart na bateria. Outro clássico, Closer to the Heart, veio na sequência, e Far Cry encerrou o espetáculo. Mas claro que ouve bis, com a pesada e estupenda Working Man, onde o guitarrista Lifeson esmirilhou sua Gibson Les Paul.
Como em todo bom espetáculo de arena, não faltaram show de luzes, o telão de alta definição atrás da banda passando imagens psicodélicas, fogo e fumaça, e a decoração de palco no estilo "steampunk", com relógios, máquinas e válvulas. Em vários momentos Lee agradeceu em português, "obrigado São Paulo!", dizendo que é muito bom eles estarem de volta ao Brasil. E mesmo sendo uma megabanda, dificilmente o trio toca para um público tão grande na Europa e EUA, e Lee, Lifeson e Peart pareciam genuinamente felizes em tocar para a massa em delírio. Após o adeus, mais um vídeio engraçado encerrou o show, e os cerca de 40 mil devotos do Rush saíram do Morumbi em estado de graça.
Confira o setlist completo do show: Primeira Parte:
The Spirit Of Radio
Time Stand Still
Presto
Stick it Out
Workin' Them Angels
Leave That Thing Alone
Faithless
BU2B
Free Will
Marathon
Subdivisions
Segunda Parte:
Tom Sawyer
Red Barchetta
YYZ
Limelight
The Camera Eye
Witch Hunt
Vital Signs
Caravan
MalNar/Drum Solo
Closer to thr Heart
2112 Overture
Far Cry
Bis
La Villa Strangiato
Working Man
Fonte desta matéria: Terra
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