quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Na reestreia de Carpegiani, São Paulo passeia em Barueri e bate o Vitória



Mais organizado e com muito mais vontade do que na época de Sérgio Baresi, Tricolor fez 2 a 0 e poderia saído de campo com placar mais dilatado

Paulo César Carpegiani chegou ao São Paulo na segunda-feira. Comandou dois treinos e veio para a estreia. E avisou: não esperem um grande futebol no começo. Nesse primeiro momento, o importante era voltar a vencer. Mas, se a primeira impressão é a que fica, o torcedor são-paulino tem motivos para voltar a sorrir. Apesar das claras limitações do Vitória, que de finalista da Copa do Brasil começa a sofrer com a ameaça do rebaixamento, o Tricolor, como há muito tempo não se via, passou fácil pela equipe baiana. Com vontade, mais organizado e contando com uma dupla de ataque inspirada, a equipe do Morumbi marcou 2 a 0 fácil fácil.

O resultado acabou com uma série de três derrotas e fez o São Paulo subir para a décima colocação, com 38 pontos. Já o time baiano, que sofreu sua quarta derrota consecutiva, estacionou nos 31 pontos e manteve a 14ª colocação. As duas equipes voltarão a campo no próximo final de semana. No sábado, o Tricolor enfrenta o Grêmio Prudente no interior paulista. Já o rubro-negro da Boa Terra vai a Goiânia para enfrentar o Goiás.

Começo arrasador do Tricolor

Como o novo técnico pediu, logo que a bola rolou, o São Paulo tomou a iniciativa e foi para cima do adversário. O time concentrou seu jogo pelo lado direito, apostando suas fichas na dupla Lucas e Dagoberto, que tinha a constante companhia de Jean no apoio. Do outro, não havia a mesma efetividade, já que Carlinhos Paraíba ficava mais recuado e Diogo, inicialmente, se preocupou com a marcação. O Vitória, por sua vez, entrou com cinco homens no meio e apenas Kleber Pereira no ataque. Os meias Renato e Thiago Humberto tinham a incumbência de levar a bola à frente. Mas, anulados pelos volantes Casemiro e Rodrigo Souto, não foram notados em campo.

Além da constante movimentação na frente, impressionava a vontade dos atletas do Tricolor. A cada dividida, a cada desarme, muita vibração. E, sempre conversando, se cobravam, buscando o melhor posicionamento. Dominando amplamente, o São Paulo não precisou mais do que 17 minutos para abrir o marcador. Jean tabelou com Casemiro, recebeu na frente, invadiu a área e cruzou na medida para Dagoberto, que empurrou para as redes.

O Vitória, após alguns minutos, conseguiu respirar e finalmente foi ao gol defendido por Rogério Ceni. Thiago Humberto, em dois lances, exigiu boas defesas do camisa 1 tricolor. Mas o São Paulo seguia senhor da partida. E, aos 30, marcou o segundo. Fernandinho, que não tinha com quem jogar na esquerda, veio atuar pela direita. Ele recebeu belo passe de Lucas, passou por dois marcadores, invadiu a área, driblou Lee e rolou para o gol vazio. Festa em Barueri para um justíssimo 2 a 0.

Antes do apito para o intervalo, o Vitória, que havia perdido o lateral-direito Eduardo, machucado, ficou com dez homens (Uelliton foi expulso por reclamação). O Tricolor só não fez o terceiro porque Lee fez grande defesa em chute de pé esquerdo de Fernandinho.

Etapa complementar
Os times voltaram com as mesmas formações e com o São Paulo soberano. Ao contrário do que aconteceu no primeiro tempo, o time também atacou pela esquerda. Diogo se soltou e passou a apoiar com as companhias de Fernandinho e Carlinhos Paraíba. O Vitória até saiu um pouco mais para o jogo, mas esbarrava na falta de qualidade do seu meio. Para piorar, o capitão Vanderson sentiu uma lesão e foi substituído por Neto Coruja.

Outro ponto pedido por Carpegiani nos treinamentos aconteceu muito no segundo tempo. Como o Vitória, tentou buscar o ataque, o Tricolor recuperava a bola e com um, no máximo dois passes, chegava à grande área adversária. Dagoberto e Fernandinho tiveram boas chances mas, individualistas, falharam. Percebendo que havia muito espaço para atacar, Carpegiani pôs o time ainda mais à frente, sacando Casemiro e colocando Marlos. Com isso, Carlinhos Paraíba foi recuado para o papel de volante. Na sequência, Sergio Mota entrou no lugar de Fernandinho.

Nos últimos 15 minutos, o time sensivelmente diminuiu o ritmo. Procurou valorizar a posse de bola no meio-campo, esperando uma brecha para atacar. E a torcida, feliz da vida, gritava: "Olé, Olé, Olé". Na sequência, o hino são-paulino ecoou na Arena da Baixada. Para completar, delírio total quando o placar eletrônico anunciou o segundo gol do Atlético-MG na partida contra o Corinthians, em Sete Lagoas. E a festa continuou até o apito final.

Fonte desta matéria : Globoesporte.com

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